Que impacto a mudança pode provocar na estrutura fundiária?
http://www.youtube.com/watch?v=vI82mKX6L0Q
Trabalho de História do 2° ano EM. GRUPO: Jéssica Rodrigues, Maytê Rosale Atonelli, Érica Martins, Ronaldo, Mirian Drielly
Entrevista – Membro do MST
Qual o motivo de sua adesão ao movimento?
A esperança de ter a chance de um dia ter meu próprio pedaço de terra, da onde poderia retirar o necessário para sustentar minha família.
Quais são as dificuldades?
O descaso com que somos tratados por algumas pessoas, que acham que não temos capacidade de mudar a situação atual do país e que somos apenas baderneiros. A convivência nos assentamentos também nem sempre é das melhores, mas nos dedicamos para melhorar isso.
Quais são seus sonhos?
Sonho que o país tenha uma reforma agrária de forma verdadeira e justa, acabando com a desigualdade e o descaso com os menos favorecidos.
Qual o lado positivo e negativo de ser um membro do MST?
Algumas pessoas acham que somos vagabundos, baderneiros, mas isso é puro preconceito, opinião sem conhecimento. O lado bom é saber que estamos lutando por uma boa causa, por algo que vai melhorar a vida de muitos brasileiros e brasileiras que sonham com um país melhor.
Como vocês são tratados pelo governo?
Antes o descaso era muito grande, principalmente porque parte dos deputados são latifundiários. Hoje em dia o respeito é maior, o MST cresceu, provou que é um grupo organizado e seguro do seu objetivo.
Como é o MST hoje em dia?
O MST está presente em 24 estados brasileiros, temos uma estrutura democrática e as famílias participam nas decisões. Ele divide-se em vários setores, como, Frente de Massa, Formação, Propaganda/Comunicação, Finanças, Saúde, Educação, produção, Gênero e Meio Ambiente.
Além da reforma agrária, quais os outros objetivos do MST?
Queremos garantir uma vida digna ao trabalhador, não é por que ele mora no campo e trabalha com a terra que deve ser considerado inferior aos outros, ao contrário, ele merece respeito e tem direitos e deveres como qualquer outro cidadão.
A reforma agrária hoje ainda é necessária?
Não devemos pensar a reforma agrária somente como política de combate à pobreza, mas também é fundamental pensar nela como uma política de desenvolvimento e combate à desigualdade social.
Muitas das ações do MST acontecem em áreas onde há trabalho escravo, crimes ambientais e titulação fundiária duvidosa. Como são avaliadas essas três questões?
É importante que se diga que a mídia afirma que são os Movimentos Sociais os responsáveis pelos conflitos no campo. Mas ocorre exatamente o inverso, só existem movimentos sociais no campo porque há um problema agrário não resolvido.
As regiões sul e sudeste do Pará têm sido reconhecidas como as mais violentas Ao longo do tempo, esse cenário permanece?
Sim, permanece. É talvez a região mais violenta no Brasil. É uma região que se tem sido remodelada devido aos grandes projetos que vem recebendo.
Como o MST atua na área da educação?
O MST promove projetos de alfabetização de jovens e adultos nas áreas de acampamentos e assentamentos em parceria com entidades da Reforma Agrária.
Sabemos que a educação é um assunto preocupante nos acampamentos e assentamentos. Quais são os dados atuais sobre a educação entre os trabalhadores sem terra?
- Temos nos assentamentos e acampamentos em torno de 2.000 escolas públicas.
- Desta, 2.000 escolas, apenas 250 vão até o Ensino Fundamental completo e são 50 até o Ensino Médio, as demais são até a 4ª série.
- Atuam nessas escolas 10.000 professores.
- Temos parceria com pelo menos 50 instituições de Ensino, entre Universidades, Escolas Agrotécnicas. Somando, aproximadamente 100 turmas de cursos formais, num total de mais ou menos 4.000 estudantes jovens e adultos.
Alunos: Beatriz Alves, Bianca Mangerona, Caio Veronese, Jéssica Vitoriano e Sarah F. Rosa - 2EM
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